quarta-feira, 14 de novembro de 2012

FERIADO

Amigos,
INFORMAMOS QUE O BORBOLETÁRIO NÃO ABRIRÁ PARA VISITAÇÕES NOS DIAS 15, 16, 17 E 18 DE NOVEMBRO POR CONTA DO FERIADO.
AGRADECEMOS A COMPREENSÃO

Equipe Borboletário de Osasco
Secretaria de Meio Ambiente
Prefeitura de Osasco

domingo, 11 de novembro de 2012

Borboletas no Borboletário

Methona themisto



Hoje falaremos sobre essa linda borboletinha cujo nome popular é borboleta-do-manacá. Esse lepidóptero pertence à familia Nymphalidae, tribo ithomiini, e também tem as asas transparentes.
Ela apresenta a tanatose, um comportamento curioso de alguns animais onde se fingem de mortos, o que facilita muito a monitoria que é feita aqui no nosso criadouro.



A lagarta da Methona themisto apresenta as cores preto e amarelo, que servem como um sinal para os predadores pois, mostram que são impalatáveis (os predadores não conseguem comer). Elas conseguem isso graças a sua alimentação. A borboleta-do-manacá só ovoposita na planta Brunfelsia sp, que é o manacá-de-jardim, essa plantinha contém alcalóides, que é absorvido pelas lagartinhas assim que elas saem do ovos e começam a devorar as folhinhas. O alcalóide é tóxico e ele deixa tanto as lagartas quanto as borboletas com um gosto muito ruim para os predadores, que podem ser passarinhos, lagartixas, sapos ou outros insetos como aranhas e louva-Deus.
 
A borboleta costuma se alimentar de nectar das flores e seu vôo é tranquilo e a altura dos olhos. É uma borboletinha muito admirada pelos visitantes, especialmente as crianças.
 
Abraços Alados
 
Equipe do Borboletário de Osasco
Secretaria de Meio Ambiente
Prefeitura de Osasco
 

Livro sobre Borboletas


No dia 08 de outubro foi lançado o livro Lepidoptera: borboletas e mariposas do Brasil, em tarde de autógrafos na Biblioteca do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp. A obra traz 234 imagens feitas pelo fotógrafo Almir Cândido de Almeida, que percorreu biomas como da Amazônia, cerrado, caatinga, mata Atlântica, Pantanal e Pampas, com o objetivo de registrar a maior diversidade possível de borboletas e mariposas. Os textos são de André Victor Lucci de Freitas, Professor e Doutor docente do Departamento de Biologia Animal do IB, que procura descrever o complexo processo de desenvolvimento desses lepidópteros, envolvendo a metamorfose do ovo até a fase adulta.
O professor André Freitas, que já participou do III Ciclo de Palestras sobre Borboletas aqui em Osasco, explica que a publicação está dividida em duas partes. “A primeira parte traz textos meus referentes a aspectos gerais da vida dos lepidópteros, incluindo desenvolvimento e ciclo de vida, defesa, alimentação, significado das cores e ameaças e conservação. Na segunda parte estão fotos de espécies selecionadas, feitas por Almir de Almeida e identificadas por mim e outros colegas, especialmente no caso das mariposas. Almir é fotógrafo amador, mas seu trabalho tem excelente qualidade, sendo que este é seu segundo livro – o primeiro foi sobre a Mata Atlântica, tratando de tudo, não apenas de borboletas.”
Para quem gosta do assunto:
Lepidoptera: borboletas e mariposas do Brasil está sendo publicado pela Editora Exclusiva, com capa dura e 208 páginas em papel couche, no formato 23x28cm.
 

Borboletas de asas transparentes?


Uma borboleta com asas transparentes? Sim, o nome científico dessa beleza da natureza é Greta oto, uma borboletinha da família Nymphalidae, subfamília Danainae, as famosas “borboletas de vidro” (em inglês, Glasswing ). As asas dessas borboletas são tão transparentes que podemos enxergar através delas como se realmente fossem asas de vidro.





A maioria das borboletas que conhecemos apresentam escamas coloridas muitas vezes com um padrão de desenhos que serve para afastar inimigos. As borboletas de vidro fazem isso de forma diferente. A evolução permitiu que essas espécies pudessem se esconder no ambiente uma vez que o corpo é esbelto e as asas que deveriam aparecer, são quase totalmente translúcidas. Se não fossem as veias escuras das asas, essas borboletas poderiam facilmente passar despercebidas, até mesmo para o olho humano.

As borboletas de vidro fazem parte de um grupo de borboletas conhecido como “Cleanwing”, ou seja, asas claras. A transparência na natureza é algo que não é bem compreendido, afinal, para ser transparente o tecido não pode refletir ou absorver luz. As asas dessas borboletas possuem a superfície com saliências que são tão pequenas que podem ser chamado submicroscópica. Eles têm um índice de refração único que não dispersa a luz, tornando-se transparentes, mas também muito sensíveis que se quebram facilmente.
Borboletas de vidro se alimentam do néctar de uma variedade de flores, mas no momento de fazer a postura de seus ovos e garantir a sobrevivência da próxima geração, elas buscam sempre que possível a planta do gênero “Cestrum” que são tóxicas e afasta os predadores. Ali as larvas se alimentam acumulando alcaloides da planta em seu corpo e apesar de serem larvas bem atraentes, os predadores preferem ficar bem longe delas. Quando já adultas, os machos convertem esses alcaloides em feromônios para atrair as fêmeas para o acasalamento.
 
 


Lagartas devoradas vivas!



 
Essas estruturas brancas presas na lagarta parecidas com ovos cilíndricos são na verdade pupas de uma vespa. Isso mesmo! Precisamos “começar do começo”… Bem, as vespas (insetos da mesma ordem das formigas e das abelhas) pertencentes, geralmente à família Braconidae, são conhecidas por serem insetos diminutos, com menos de 1 cm de cumprimento, no geral de cor escura que possui um ciclo de vida bastante interessante.

Essas vespas escolhem uma lagarta bem saudável e gordinha para iniciar seu ciclo reprodutivo. Cuidadosamente utilizam seu ovopositor para fazerem a postura de seus ovos (que podem chegar a 80) sob o tegumento (a pele) da lagarta. O processo é tão sutil que a lagarta mal percebe o que está acontecendo. Uma vez inoculados no corpo da pobre lagarta, os ovos amadurecem e então eclodem. Dali, saem larvas de vespas famintas que iniciam logo seu ritual macabro: elas devoram toda musculatura e vísceras da pobre lagarta, tomando os devidos cuidados para que seus órgãos vitais não sejam comprometidos logo, pois com a morte do hospedeiro, todo o ciclo não teria sucesso.

As larvas da vespa, se alimentam e crescem ali mesmo, dentro da lagarta, que a essas alturas já não está tão bem. Quando estão devidamente desenvolvidas e prontas para se tornarem adultas, “comem” o caminho de volta através da pele do hospedeiro e uma vez fora, pupam formando inúmeros casulos ovais e esbranquiçados do lado de fora do corpo da lagarta. Ficam ali presos torturando a pobre lagarta até que comecem a emergir(sair)desses casulos. Quando as últimas vespas saem de seus casulos a nossa lagarta já estará tão indefesa e enfraquecida que terminará morrendo.
Essas vespinhas são consideradas inimigas naturais das lagartas. E funcionam como um controle de pragas principalmente nas plantações de tomate. Esse processo é conhecido cientificamente como PARASITOIDISMO. Então, queridos leitores, se virem uma infeliz lagarta carregando casulos por aí, saiba que um fantástico ciclo de vida de uma vespa está prestes a concluir!
                

Foto 1: Uma vespa escolhendo sua vítima, uma pobre lagarta gordinha e saudável!
Foto 2: Depois de comer a lagarta por dentro, as larvas empupam e ficam do lado de fora do corpo da lagarta.
Fotos 3 e 4 : Com o tempo começam a emergir vespas adultas e a lagarta, enfraquecida, morre!