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domingo, 19 de agosto de 2012
Borboletas indicam se as áreas verdes em Centros Urbanos é preservada ou não
Pesquisa realizada pela Fundação Santo André revela que as borboletas podem diagnosticar nos centros urbanos se a área é preservada ou não. Esta é a conclusão do trabalho apresentado no “I Congresso Latino Americano de Ecologia Urbana”, realizado na Argentina, entre os dias 12 e 15 de junho pelas alunas Viviane Garla Roupa e Vivian Santana do Nascimento, sob a coordenação da professora Dagmar Roveratti dos Santos. A pesquisa foi realizada durante um ano, com mais de 67 horas de observação e contabilizado 954 borboletas em 17 espécies no bairro Cerâmica, em São Caetano.
De acordo com a pesquisa, o local preservado e que mantém a vegetação natural e espontânea é onde aparece a maior variedade de espécies de borboletas. Já os locais urbanizados e com vegetação introduzida em praças ou locais com plantas ornamentais, as espécies diminuíram, o que significa que a recuperação do meio ambiente nas áreas urbanas deve obedecer à vegetação que havia no local. Os registros foram feitos em três pontos fixos, sendo uma residência com jardim, uma praça constituída predominantemente por vegetação arbórea e gramado e uma área verde composta basicamente por jardim de espécies ornamentais arbustivas e algumas espécies arbóreas, circundado por área de vegetação espontânea. Os dados foram coletados no período de Fevereiro de 2011 a Janeiro de 2012. A realização do levantamento foi prejudicada porque no mês de junho de 2011 parte da área que era utilizada para as observações foi aterrada, asfaltada e transformada no estacionamento do Shopping Park São Caetano. Com isso toda a flora, que era constituída basicamente por espécies de plantas espontâneas, foi retirada e consequentemente as espécies de borboletas desapareceram do local.
Outro ponto que prejudicou as pesquisa foi a revitalização da Praça Morais Sarmento nas proximidades, uma vez que muitas das espécies de vegetais atrativas para as borboletas foram substituídas por um parquinho e por passagens de concreto. Segundo as pesquisadoras a pequena riqueza de espécies contabilizadas demonstra o alto grau de impacto ambiental na área e para manter a riqueza de espécies de borboletas em áreas urbanas faz-se necessário a manutenção ou introdução de espécies de plantas espontâneas, além das espécies ornamentais. As pesquisadoras relatam que há uma preferência das borboletas pelas espécies vegetais espontâneas em detrimento das ornamentais artificialmente introduzidas quando ambas estão disponíveis.
Realmente esse trabalho é de grande valor para todos os que lidam com recuperação de vegetação, lembramos que em Osasco será feito um trabalho nessa mesma linha para que a população conheça quais as borboletas que moram na mesma cidade onde está o borboletário.
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